terça-feira, dezembro 13, 2011

Newton poderá ser candidato a prefeito




Estamos avaliando qual a melhor opção para o partido, assim como veremos se é melhor ter candidatura própria, diz o deputado federal 


A corrida eleitoral começou mais cedo em Contagem, que já tem três pré-candidatos confirmados, Durval Angelo (PT), Carlin Moura (PCdoB) e Ademir Lucas (PSDB). Mas quem achava que o PMDB só iria fazer coligação está errado. O deputado federal Newton Cardoso concede entrevista exclusiva ao O Tempo Contagem, onde fala em ser candidato.

Newton, o senhor sairá candidato nas próximas eleições? 

É natural que o meu nome seja sempre especulado nas eleições de Contagem pela história e identificação que tenho com a cidade. Faz parte dos meus planos uma candidatura? Não, não faz. Mas, por outro lado, também não posso descartar completamente, porque Contagem é prioridade no meu mandato. Então, tenho mantido contatos com os grupos políticos da cidade para tentar chegar a um consenso que represente o melhor para Contagem. Caso não consigamos avançar nessas alianças, teremos que pensar em outras possibilidades. E, nesse caso, nada está descartado.

Qual é a importância e a força do PMDB para as eleições? 


As pesquisas mostram que o PMDB é o segundo partido na preferência do eleitorado em Contagem. Perdemos o posto de primeiro porque não governamos a cidade há quase 20 anos. Isso é muito tempo, é uma nova geração de eleitores que se formou. Não fomos muito bem nas eleições municipais passadas por uma série de circunstâncias e erros, mas estamos nos preparando para resgatar todo o espaço que já ocupamos em Contagem. Podem ter a certeza de que o PMDB vai entrar forte nas eleições do ano que vem, e quem estiver apostando que o partido não terá candidatura própria pode ser surpreendido. Vai ter surpresa.



Existe a possibilidade de uma orientação da executiva nacional do PMDB e do PT intervirem no processo em Contagem?

Não posso falar pelo PT, mas interferência não seria a palavra correta, porque vivenciamos um processo democrático. O PMDB nacional sempre respeitou a minha visão política e ratificou as alianças que construí. Mas não podemos nos esquecer do projeto nacional que os dois partidos estão desenvolvendo e que as eleições em Contagem não são um processo isolado. O que posso garantir é que não há vaidades pessoais no PMDB. Vamos decidir coletivamente qual o caminho a seguir e trabalhar firme para voltar a administrar Contagem.

Dos três principais candidatos, tem algum a quem o senhor não se aliaria? 

No meu dicionário político, a palavra exclusão não existe. Vejo que todos os pré-candidatos a prefeito de Contagem reúnem, teoricamente, condições de administrar a cidade. É claro que o PMDB pode ter mais afinidades com um ou com outro, mas vamos respeitar o sentimento coletivo. Ainda falta muito para a definição de candidaturas e estamos trabalhando para construir uma candidatura que recoloque Contagem no caminho do desenvolvimento econômico e social.

Foi veiculado recentemente pela imprensa que há conversas do senhor com o seu adversário histórico, o ex-prefeito Ademir Lucas. Não corre o risco desta aliança ser contraditória e, consequentemente, não aceita pelo eleitorado?



Em momento algum eu neguei conversar com quem quer que seja sobre o jogo eleitoral em Contagem. Qual o problema de manter diálogo com o Ademir? Ele ocupa o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e tem um eleitorado cativo. A aliança com ele é a melhor opção? Como disse, ainda não sei, estamos avaliando. Além do sentimento coletivo, estamos realizando pesquisas de opinião para saber o que a população pensa sobre a cidade, quais são as prioridades e como eles enxergam determinadas alianças. Portanto, estamos sendo cuidadosos na condução do processo eleitoral e, o PMDB vai entrar para ganhar.


Corre a boca pequena que o senhor tem mágoas do PT, por entender que foi traído pelo partido na sua eleição para o Senado, e que tem muita resistência à prefeita Marília Campos. Qual é a sua relação política e pessoal com o deputado estadual Durval Ângelo?

O raciocínio é o mesmo. Durval é tão candidato quanto Ademir e Carlin Moura, os três mais especulados pela imprensa para vencer as eleições. Temos relações políticas e pessoais muito boas com todos eles e estamos avaliando qual é a melhor opção para o PMDB, assim como estamos avaliando se vamos lançar candidatura própria. Todos têm pontos fortes e fracos, aprovações e rejeições. O que posso garantir é que tudo está sendo levando em conta para decidirmos os rumos de Contagem.



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